segunda-feira, 16 de abril de 2012

Quando pedimos algo de Deus, nos perguntamos se estamos realmente preparados para ter o que pedimos?

Começo com uma pergunta que pode ter várias respostas, pois cada um tem uma personalidade e dessa forma, uma maneira distinta de encarar as mesmas situações.
Quando tu oras e pedes, “Deus livra-me de todo o mal...”, e algumas semanas ou meses depois descobres que grandes amigos estão a difamar-te ou traindo a tua confiança. Nunca se vê isto como um consequência da tua oração, o que se faz geralmente é chorar, reclamar e se perguntar o porquê.
Há um propósito em tudo que Deus faz, e em todos os acertos e erros de nossas escolhas Deus deixa boas lições, e é o saber reconhecer destas lições que nos levam a um crescimento. É a partir de então que temos o nosso caráter moldado por Deus, o que é algo muito importante, pois Deus não quer saber primeiro o que queremos, mas sim o que somos. As coisas começam a mudar quando passamos a perceber que orar não é traçarmos uma lista de itens que devem ser cumpridos por Deus e sim aceitar que por mais que seja diferente da nossa, se cumpra a vontade de Deus, pois Ela é boa, perfeita e agradável. (Romanos 12:2) Um exemplo temos de Jesus no Get-sêmani, quando disse: "Meu Pai, se possível, passa de Mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim, como Tu queres". Mateus 26:39
Se o único homem que não pecou, pediu que fosse cumprida não a sua vontade, mas sim a do Pai, porque nós tão falhos e pecadores somos ignorantes a ponto de muitas vezes exigir de Deus que a se cumpram os nossos desejos?
O que determina a velocidade e o cumprimento de determinada oração muitas vezes está dentro de nós, Deus conhece o nosso coração e muitas vezes, sabe que uma benção para nós, na verdade tornar-se-á uma maldição. Alguns fatores determinantes podem ser inveja, orgulho, avareza, entre dezenas e dezenas de práticas que devem ser abandonadas para que Deus possa enfim abençoar-nos.
Em João temos uma passagem que mostra uma benção até então impossível para os homens, o milagre da ressureição de Lázaro:


João 11, 39-44
39. E Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: SENHOR, já cheira mal, porque é já de quatro dias.
40. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?
41. Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.
42. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.
43. E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.
44. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.


No versículo 39 Marta, mesmo convivendo com Jesus e sabendo do seu poder sobrenatural, indagou como se estivesse a duvidar. A falta de fé e a dúvida muitas vezes nos impedem de sermos alcançados pelas bênçãos de Deus.
Marta também salienta que o corpo já cheira mal, pois está lá há 4 dias, ou seja, é melhor não mexer, está podre. Da mesma forma como agimos em muitas áreas podres da nossa vida, e cremos que é melhor enterrar no cemitério do esquecimento até que virem apenas ossos, mas que mesmo sendo osso nunca deixarão de existir, ainda estarão ali.
No versículo 40 Jesus confronta a Marta, devido a sua incredulidade, pois Fé é crer, crer em algo que só podemos ver, com os olhos do espírito. Em Mateus 6:5 a incredulidade dos moradores de Nazaré, impediu que Jesus operasse milagres ali, pois atribuíam a ele a imagem de um carpinteiro e não a do Filho de Deus, o Messias. Em João11:40 está escrito:
“Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” 

No versículo 41 vemos o primeiro passo para o milagre, a obediência. Em 1 Samuel 15:22 o profeta disse a Saul que “Obedecer é melhor do que sacrificar”, após Deus dizer a Samuel que havia se entristecido pela escolha de Saul, em não lhe obedecer! Se a pedra não tivesse sido removida o milagre não teria acontecido, a obediência a Deus deve estar acima de qualquer coisa, daí então a porta se abrirá, a pedra será removida.



Jesus encerra o versiculo 41 agradecendo em alto e bom som a Deus por tê-lo ouvido, e se justifica, no vers. 42 que sabe que Seu Pai sempre o ouve, mas Jesus fez desta forma, para que as pessoas pudessem testificar que ele era o Messias, e com tamanha prova pudessem crer nEle.
No vers. 43 vemos que com grande voz clamou Jesus: “Lázaro, sai para fora”, uma característica de que tem segurança, de quem tem certeza do que está fazendo, ou seja, a mais genuína fé naquEle que tudo pode.
O vers. 44 termina a nossa breve análise, mostrando que da mesma forma em que Lázaro estava com pés e mãos ligados, podemos estar também. O que está nos mantendo presos?
Precisamos nos desligar das coisas que estão atrapalhando a nossa perfeita caminhada rumo a santidade, mas muitas das vezes, não conseguimos fazer isso sozinhos. Jesus diz: “desligai-o”, Lázaro precisou de ajuda. Para nos desligarmos das faixas da alma precisamos da ajuda de outros irmãos. De que forma? "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tiago 5.16)

“Santidade é despir-se das faixas atreladas à alma.”

Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto muito bem escrito e principalmente bem conduzido pelas mãos de um homem de Deus. Continue assim!!!!

    Síglia Oliveira!

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